01 setembro 2008

Uma triste homenagem

É um choque quando a morte acidental acontece. Neste último sábado faleceu um conhecido em São Borja. Acidente de carro. Nenhuma novidade! O fusca que em que estava com mais dois jovens capotou. Como foi realmente não sei. Há uma grande chance que o álcool estivesse no meio. Portanto, mais uma fatalidade, dentre tantas, que essa mistura causa. Por quê? Ele só tinha 20 anos!!

Não era meu amigo, apenas um conhecido (ainda bem). Fui apresentado a ele por um colega de faculdade, que era mais próximo.

O surpreendente é que na quarta-feira nos falamos na rua após uma festa. Para ver como a vida é imprevisível. Tenho certeza que era uma boa pessoa. Apesar de não conhecê-lo a fundo, me arrisco a dizer que era um pouco inconseqüente e gostava de se divertir na noite. O que não importa nem um pouco perto das qualidades que devia possuir.

É óbvio que a morte é uma realidade, mas quando ela chega inesperadamente é indiscutível que seja muito mais dolorosa. Só o que penso é no sofrimento da família. Por isso sempre achei que o ser humano deveria somente morrer de velho; que as doenças não deviam existir; e que os filhos não poderiam morrer antes que os pais, porque vai contra a ordem da vida. E desde quando que há ordem nessa vida? Muito pelo contrário. Se fosse assim ficaríamos mais tranqüilos. Não sou cético como tantos por aí. Creio que somente a matéria que acaba, o espírito é imortal. Porém, quando acontece com alguém que convivemos é praticamente impossível pensar dessa maneira, pelo menos nos primeiros dias ou meses.

“E aí borracho!” Foi o que gritou para mim quinta-feira, no outro lado de uma rua qualquer, na última vez em que o vi. A imagem marcou.

Que Tainan fique com Deus, que esteja num lugar muito melhor e mais justo que esse em que vivemos. O importante é que ele será bastante lembrado – bem ou mal – nas rodas de jovens da sua cidade.

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