06 março 2009

Ganhou o melhor e mais corajoso

No GreNal de número 375, que valia o título do primeiro turno do Gauchão, novamente o inter foi superior e esmagou o seu rival em seu território. Os jogadores do Grêmio estiveram no gramado somente de corpo presente, mentalmente pareciam perdidos, inoperantes, desmotivados. Um dos possíveis pretextos para tal atitude do time foi a entrevista dada pelo seu técnico na véspera do clássico. Celso Roth tratou o duelo com desdém, dando ênfase à libertadores.

Posicionamento infeliz. Como que um técnico, antes de uma final, seja ela de qualquer proporção, vai dar visivelmente importância à outra? Isso abala qualquer equipe! É preciso ter ambição de vitória, e passá-la aos jogadores, a cada partida. Virtude que falta e muito ao comandante do Grêmio.

Não bastando o erro, Roth deixou os gremistas, sem exceção, irritados ao insistir no esquema insensato e pífio de 3-6-1, que já não tinha dado certo na estréia da libertadores. Um conglomerado no meio-de-campo e o isolamento do ótimo centroavante Alex Mineiro, que nada pôde fazer, foi o resultado da inacreditável tática.

“Mas o que é isso? O Grêmio até parece treino da categoria fraldinha... Todos correndo atrás da bola!”, este foi um comentário gritado de um gremista inconformado ao meu lado.

Assim, o Internacional, com facilidade se aproveitou da atrapalhada do técnico tricolor e a consequente ineficiência de seu time. Encurralou o adversário. Tomou conta do jogo. Pressionou incessantemente, e só não marcou porque Victor outra vez foi milagroso, defendendo três chances claras de gol do Inter. E cá entre nós, apaixonados por futebol, time que geralmente o goleiro é o único destaque na maioria dos jogos, não pode mesmo estar bem!

No inicio do segundo tempo, a situação do jogo continuou a mesma; para alegria da metade vermelha do Estado e aflição da parte azul. Só depois que Índio (agora goleador em grenais com quatro gols) abriu o marcador procedido de uma bola parada e presenteado por uma linha de impedimento burra tricolor, que Celso Roth mexeu no time. Jonas foi colocado e deu uma melhora no conjunto, como sempre acontece. Com o esforço dele que saiu o gol de empate, ao escorar a bola na entrada da área para Alex Mineiro. O centroavante não pensou duas vezes e chutou no ângulo. Gol belíssimo, digno de um exímio artilheiro.

Quando a igualdade deu uma esperança aos gremistas, Roth mais uma vez errou a mão e tirou o lateral Jadílson e colocou Héverton. Um zagueiro! O cúmulo da covardia. Aí a lambança foi geral. O tricolor gaúcho não esboçou mais nenhuma perspectiva de reação. Então o Inter, soberano, como foi no jogo inteiro e com a apresentação excelente de todos os seus jogadores, se esbaldou como antes. Decretou a vitória merecida aos 32 minutos com Magrão de cabeça. O resultado foi justo e o Inter deu uma aula de futebol e ousadia no Grêmio.

Ao final do jogo, Fernando Carvalho pôde, finalmente, suspirar e se despreocupar. O seu time do coração levantou a taça que leva seu nome. Agora sim, o Grêmio é freguês do Inter e é obrigado a vencer o segundo turno do certame, a taça Fábio Koff. É o mínimo que pode dar de recompensa aos anos vitoriosos que ele dedicou ao clube.

Celso Roth (que perdeu a quarta para Tite), admitiu que não errou ao usar o esquema e disse que foi um teste. Ora, todo mundo sabe que GreNal não é a melhor hora para testar a equipe!

A torcida gremista, quer a cabeça do técnico. No dia 11, Roth tem sua última chance de permanecer no Olímpico. Na próxima empreitada do Grêmio na Libertadores, contra o Boyacá Chicó da Colômbia. Se não ganhar, é quase certa sua demissão; por incompetência

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