15 dezembro 2011

Grêmio infestado de noticias malignas



Falta de esperteza e experiência. Essa é a expressão que melhor resume os fracassos que se sucedem nesse inicio de ano no Grêmio. A torcida tricolor está mordendo pano de raiva e de desanimo por perderem de forma ingênua a sua chuteira de ouro do ano passado. Ouro, agora, que virou ouro tolo. Em uma manobra esperta, Jonas aproveitou o baixo valor rescisório no seu contrato – uma bagatela de 1,25 milhões de euros - com o time gaúcho e pelo que se vê está de malas prontas para a Espanha, para o Valencia. Valor baixíssimo para um atacante competente, e, por consequência, grande goleador do futebol brasileiro, isso numa época que são raros os jogadores com essa qualidade.

E a culpa é de quem? Foi posta na diretoria antecessora. Não podia ser diferente, acusações e réplicas abertas na imprensa. Coisa normal, e irritante! 

Já não bastava o trauma da novela Ronaldinho, que se estendeu desde setembro, e que gastaram todo o tempo da janela nessa negociação infeliz, mais um golpe a nação gremista sofre. E agora, vão trazer quem e com que verba para substituir a altura, e pelo menos, disputar a libertadores? Mas o pior de tudo não é perder o jogador – o que não raro acontece por conta da Lei Pelé – mas sim perder sem recompensa financeira – o que é natural no Grêmio. Não é a primeira vez que o grêmio é logrado por fazer incompetentes contratos: aconteceu com Ronaldinho, com Tinga, Anderson Polga, entre outros que não são poucos. 

A sina se repete; e nas vésperas do principal campeonato da América. Torçam para que não desestruture o time, pois está se insinuando um ano difícil, com um ataque inábil nos pés de Borges, André Lima e, pasmem, Diego Clementino.

É bom que os envolvidos na direção do clube corram para encobrir esse baque da perda do “Mestre Jonas” e tragam um artilheiro de sucesso, se espelhem no rival e apresentem de preferencia um argentino ou uruguaio para fazer jus ao estilo copeiro que ostentam. 

Se cuidem, porque Renato já está embravecido com tudo isso. Malandro como é e de não ficar quieto para nada daqui uns dias não se assustem se ele também deixar o clube, assim como o Victor e acabe vendo de camarote a nau afundar. Por que no atual momento do futebol, em que tudo é negócios, é difícil da emoção pelo clube prevalecer à razão de fracassos constantes. 

O que dá para notar é que no Inter essas coisas não acontecem, são mais competentes e espertos quem sabe. A verdade, e há tempos que insisto nela, é que aquele jargão, “tem coisas que só acontecem com o Botafogo” está no time errado. Literalmente.

24/01/2011


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