05 junho 2015

Rosa Tattooada: duas décadas e meia de lealdade


Poucas bandas do glorioso rock gaúcho tiveram a coragem de se manter por tantos anos pela indelével paixão pela música. E uma dessas poucas é a Rosa Tattooada. É de se orgulhar que ainda estão na ativa pela ideologia do Hard Rock. Nicho que teve seus anos de glória no final dos 1980 e meados dos 1990. Abafado pela midiatização massiva do Grunge, muitas desistiram no exterior e tantas outras levadas a pagarem mico ao tentar se adequar à nova onda. Não adianta, não era a praia. E aqui no sul a Rosa seguiu. Minguando, mas com o punho erguido pela filosofia da velha escola.

Quem nunca ouviu "O Inferno Vai ter que Esperar" ou "Tardes de Outono" tocar incessantemente nas FMs da vida? Não é preciso ser um apreciador xiita da vertente. Essas pérolas canções chegaram a todos os públicos. Jacques Maciel, o vocalista com a voz peculiar que continua na linha de frente da banda, já pode ser considerado um dinossauro.

Com muitos reveses e fases de adaptação na formação a Rosa lançou em 2000 um dos álbuns mais importantes e significativos de todos os tempos da discografia gaúcha: "Carburador", com um peso e profusão de riffs matadores. Lançaram um novo trabalho de inéditas em 2013: o identitário "XXV", em comemoração ao ciclo de 25 anos de barulho.

Procure aquele seu disco empoeirado da Rosa Tattooada e ponha a tocar novamente. Reviva aqueles tempos áureos dos 1990. Quando a Rosa imperava. A sonoridade não envelhece, assim como os grandes reis do rock puro ACDC.

A marca é maior que seus inventores. A Rosa Tattoada é um pilar perto do impossível de desmoronar. Esses caras nem idosos deixarão de tocar. Vão morrer com a guitarra na mão. Ao som de um bom Hard e um com um gole seco de uísque ou cerveja na garganta. Sempre trilha ideal para uma noite de diversões pesadas.


Nenhum comentário: